sábado, 22 de agosto de 2009

Educação e as tecnologias: eis o nosso desafio!


Apresentamos em uma formação de professores da E. E. M. Cristóvão Colombo os vídeos “O que pode você professor” e “Uma rede que aprende e ensina”, disponível no Cd do curso Tecnologias na educação. Primeiramente assistimos aos vídeos e em seguida realizamos um debate sobre as mais diversas percepções suscitadas pelos filmes. Para instigar e incentivar o debate usamos os seguintes aspectos:
A disseminação das novas tecnologias, como computadores, internet, celulares, câmeras-digitais, e-mails, mensagens instantâneas, banda larga provocam várias reações diferentes, principalmente entre os professores. As reações são as mais variadas com:
* Expectativa pela chegada de novos recursos.
* Empolgação pelas oportunidades que se abrem.
* Temor que essas tecnologias nos substituam.
* Sensação de impotência por não saber usá-las.
Essas são reações bem comuns. A relação entre a tecnologia e a escola ainda é uma coisa nova. Uma coisa é certa, educação se faz entre pessoas, a tecnologia na escola deve estar a serviço da escola. Essas ferramentas devem colaborar para trabalhar conteúdos que sem elas nem poderiam ou não teriam o mesmo resultado. De qualquer forma, o desafio não é aprender a usar as tecnologias e sim usar as tecnologias para aprender.
Por algum tempo, o acesso a tecnologia na escola era limitado a conhecer o mecanismo do computador, eram fornecidos programas aos alunos (software) e conexão com a internet.
Depois vieram os treinamentos para que o aluno trabalhasse com Word (editor de texto), soubesse manejar tecnicamente o computador e o uso da internet.
Atualmente é reconhecido que esses componentes são necessários, mas é preciso adquirir a capacidade de integrar a tecnologia a sua vida a fim de melhorar sua qualidade de vida e aprendizagem. A tecnologia sempre é um meio, um apoio, não pode converter-se em uma finalidade em si.
Se o aluno sair da escola sem o domínio da leitura e da escrita em todos os seus aspectos, a tecnologia em si, não lhe será de grande valia.
A internet, embora seja uma ferramenta importante, não educa. Educar continua sendo sinônimo de desenvolvimento das capacidades humanas, portanto tarefa que requer inteligência, sensibilidade e ação humana. A internet pode proporcionar ao aluno muita informação, mas é necessário que esta informação seja organizada e dirigida ao objetivo que se pretende e este trabalho é o trabalho do professor.
Uma rede educacional pode se dar inclusive entre mais de uma escola que dividem os mesmos objetivos. Se dá na sala de aula, quando o trabalho ganha um aspecto cooperativo entre alunos e professor. Nada é dado pronto. O aluno também busca, aprende e ensina.
A educação não é somente a transmissão de conhecimento, mas um processo de construção do conhecimento pelo aluno, como produto do seu esforço. Alcançando, assim, uma educação que enfatize a autonomia do aluno para buscar novas compreensões, por meio da produção de idéias e de ações criativas e colaborativas. Eis o novo paradigma. E o professor está preparado?
Uma certeza é que precisamos assumir uma postura de mediador (orientador) entre a informação e o conhecimento, através da nossa capacidade de pensar, da criatividade e, acima de tudo, da nossa vontade de realizarmos uma aprendizagem significativa. Muitos professores preocupam-se muito mais no ensinar do que no aprender, o dar aula do que gerenciar atividades de pesquisa. Precisamos modificar e inovar os processos de ensino e aprendizagem. Devemos criar situações instigantes, desafios, a busca de soluções de problemas, jogos, interatividade,...
Questionamentos importantes:
* Qual a diferença que se estabelece entre informação e conhecimento?
* Que efeitos se estabelecem com o uso das tecnologias na educação?
* O que é uma rede educacional de conhecimento?
* Qual é o papel do professor diante as novas tecnologias? Estamos preparados?